quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

FADO

O fado é um estilo musical português. Geralmente é cantado por uma só pessoa (fadista) e acompanhado por guitarra clássica (nos meios fadistas denominada viola) e guitarra portuguesa. O fado foi elevado à categoria de Património Oral e Imaterial da Humanidade pela unesco numa declaração aprovada no VI Comité Intergovernamental desta organização internacional, realizado em Bali, na Indonésia, entre 22 e 29 de Novembro de 2011.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Bandeira Nacional Portuguesa

Bandeira Nacional Portuguesa
| Bandeira Nacional Portuguesa |
Bandeira Nacional Portuguesa
Descrição Heráldica e Considerações Históricas
Os símbolos da Pátria são: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional e o Chefe de Estado.
A Bandeira Nacional representa as lutas da fundação, a independência e restauração de Portugal e os descobrimentos marítimos.
No reinado de D. Afonso Henriques a Bandeira era branca com uma cruz azul larga ao centro, simbolizando o emblema do cruzado e o azul, a cor principal das armas da Casa de Borgonha.
Sofrendo várias alterações ao longo dos vários reinados, a Bandeira Nacional com a Implantação da República passa a ser verde e vermelha, sendo composta por um rectângulo de pano cuja altura é igual a dois terços da largura.
É dividida em duas partes, na vertical, sendo a parte que fica junto à haste de cor verde, ocupando dois quintos da superfície e a outra parte de cor vermelha, ocupando três quintos.
Simbologia
Cor Verde - Representa a esperança em melhores dias de prosperidade e bem-estar e também os campos verdejantes.
Cor Vermelha - Representa o valor e o sangue derramado nas conquistas, nas descobertas, na defesa e no engrandecimento da Pátria.
Esfera Armilar - Situa-se no centro da divisão das duas faixas, simbolizando as viagens dos navegadores portugueses pelo Mundo, nos séculos XV e XVI.
Armas de Portugal - Assentam sobre a esfera armilar, sendo compostas por um escudo maior com outro mais pequeno brocante, simbolizando o escudo, a arma de defesa utilizada pelos nossos antepassados nos combates.
Escudo Maior - É vermelho e à sua volta estão representados sete castelos que representam as cidades fortificadas que D. Afonso III tomou aos mouros.
Escudo Pequeno - É branco e encerra cinco escudetes azuis pequenos, fazendo alusão às cinco chagas de Jesus Cristo. Cada um desses escudos contêm cinco besantes de prata que contando duas vezes os da quina do meio, recordam os trinta dinheiros pelos quais Judas vendeu Jesus Cristo e simbolizam o poder régio de cunhar moeda.
Autores da Bandeira Republicana
Columbano, João Chagas e Abel Botelho.

Hino Nacional

O Hino Nacional
Se a Bandeira Nacional é um símbolo visível, o Hino Nacional constitui a exteriorização musical que proclama e simboliza a Nação.
Só a partir do século XIX os povos da Europa criaram o uso de cantar os hinos, quando um movimento de opinião levou a que cada estado estabelecesse uma composição, com letra e música que fosse representativa e oficial. Até então os povos e os exércitos conheciam apenas os cantos e os toques guerreiros próprios de cada corpo e as canções relativas aos acontecimentos dignos de memória.
Durante a monarquia, o ideário da Nação Portuguesa estava consubstanciado no poder do Rei. Não havia a noção de um hino nacional, e por isso as peças musicais com carácter público ou oficial identificavam-se com o monarca reinante.
Neste contexto, ainda em 1926, em Portugal era considerado como hino oficial o Hymno Patriótico”, da autoria de António Marcos Portugal. Este hino inspirava-se na parte final da Cantata “La Speranza o sia l`Augurio Felice”, composta e oferecida pelo autor ao Príncipe Regente D.João quando este estava retirado com a Corte no Brasil, e que foi representada no Teatro de S. Carlos em Lisboa, a 13 de Maio de 1809 para celebrar o seu aniversário natalício.
A poesia do “Hymno Patriótico” teve diferentes versões face às circunstâncias e aos acontecimentos da época, tornando-se naturalmente generalizada e nacional pelo agrado da sua expressão marcial, que estimulava os ânimos aos portugueses, convidando-os à continuação de acções heróicas.
Com o regresso do Rei ao País, em 1821, o mesmo autor dedicou-lhe um poema que, sendo cantado com a música do Hino, rapidamente se divulgou e passou a ser entoado solenemente.
Entretanto, na sequência da revolução de 1820, foi aprovada em 22 de Setembro de 1822 a primeira Constituição Liberal Portuguesa, que foi jurada por D. João VI. D. Pedro, então Príncipe Regente no Brasil, compôs o “Hymno Imperial e Constitucional”, dedicado à Constituição.
Após a morte do Rei, e com a subida de D. Pedro IV ao trono, este outorgou aos Portugueses uma Carta Constitucional. O hino de sua autoria generalizou-se com a denominação oficial de “Hymno da Carta”, tendo sido considerado oficialmente como “Hymno Nacional”, e por isso obrigatório em todas as solenidades públicas, a partir de Maio de 1834.
Com a música do “Hymno da Carta” compuseram-se variadas obras de natureza popular (modas) ou dedicadas a acontecimentos e personalidades de relevo, identificando-se em pleno com a vida política e social dos últimos setenta anos da monarquia em Portugal.
Nos finais do século XIX “A Portuguesa”, marcha vibrante e arrebatadora, de forte expressão patriótica, pela afirmação de independência que representa e pelo entusiasmo que desperta, torna-se, naturalmente e por mérito próprio, um consagrado símbolo nacional, na sua versão completa:

I
Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

II
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d`amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

III
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Porém, o Hino, que fora concebido para unir os portugueses em redor de um sentimento comum, pelo facto de ter sido cantado pelos revolucionários de 31 de Janeiro de 1891, foi desconsiderado pelos monárquicos e proibida a sua execução em actos oficiais e solenes.
Aquando da implantação da República em 1910 “A Portuguesa” aflora espontaneamente de novo à voz popular, tendo sido tocada e cantada nas ruas de Lisboa.
A mesma Assembleia Constituinte de 19 de Junho de 1911, que aprovou a Bandeira Nacional, proclamou “A Portuguesa” como Hino Nacional.
Era assim oficializada a composição de Alfredo Keil e Henrique Lopes de Mendonça que, numa feliz e extraordinária aliança de música e poesia, respectivamente, conseguira interpretar em 1890, com elevado sucesso, o sentimento patriótico de revolta contra o ultimato que a Inglaterra, em termos arrogantes e humilhantes, impusera a Portugal.
Em 1956, constatando-se a existência de algumas variantes do Hino, não só na linha melódica, como até nas instrumentações, especialmente para banda, o Governo nomeou uma comissão encarregada de estudar a versão oficial de “A Portuguesa”, a qual elaborou a proposta que, aprovada em Conselho de Ministrosmem 16 de Julho de 1957, é a que actualmente está actualmente está em vigor.
O Hino é executado oficialmente em cerimónias nacionais civis e militares onde é rendida homenagem à Pátria, à Bandeira Nacional ou ao Presidente da República.
Também, quando se trata de saudar oficialmente em território nacional um chefe de Estado estrangeiro, a sua execução é obrigatória, depois de ouvido o hino do país representado.

Versão original de “A   Portuguesa”
Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

A República

Ficheiro:Eugène Delacroix - La liberté guidant le peuple.jpg
imagem da República foi adoptada como símbolo da República Portuguesa, na sequência da implantação do novo regime, a 5 de Outubro de 1910. A imagem da República Portuguesa foi representada de várias formas, seguindo o modelo genérico da Liberdade de Eugéne Delacroix, individualizando-se, apenas, pelas cores vermelha e verde das suas roupas (cores da nova Bandeira Nacional). A partir de 1912 o busto da República, esculpido por Simões de Almeida, torna-se o padrão oficial da imagem da República Portuguesa, sendo usado como efígie nas moedas de escudo e decentavos e colocado nas repartições públicas.
O busto da República passou a ser considerado um dos símbolos nacionais de Portugal, a par do retrato oficial do Presidente da República, do brasão de armas, da bandeira e do hino. Tornou-se obrigatória a existência de uma reprodução do busto da República, em local de destaque, em todos os edifícios públicos.
Entretanto, ao contrário do que aconteceu com os restantes símbolos nacionais, o uso da imagem da República foi caindo em desuso, sendo, hoje, raro.

O escudo

 
O escudo foi criado em 22 de maio de 1911, cinco meses após a Proclamação da República, por decreto do Governo Provisório. A nova moeda renovou o sistema monetário português, colocou a unidade monetária portuguesa ao nível das dos outros países e evitou as desvantagens práticas do real (moeda da monarquia), cujo valor era muito pequeno, o que obrigava ao emprego de grande número de algarismos para representar na escrita uma quantia. O escudo era, assim, uma moeda nobre por ser fabricada em ouro. Deverá ter sido esta uma das razões que levou os responsáveis do regime republicano a designarem a nova unidade monetária desta forma.

G.N.R. (Guarda Nacional Republicana)

Depois do golpe de estado de 5 de Outubro de 1910 que substituiu a Monarquia Constitucional pelo regime republicano, o nome da Guarda Municipal de Lisboa e Porto foi alterado para Guarda Republicana de Lisboa e Porto. De notar que a Guarda Municipal foi a última força monárquica a render-se aos republicanos, sendo, por isso, curioso o fato de se ter transformado talvez na única instituição pública portuguesa com o título de "Republicana".
Guarda Nacional Republicana (GNR)
Por decreto de 3 de Maio de 1911 foi criada a Guarda Nacional Republicana, substituindo a Guarda Republicana, como uma força de segurança composta por militares, organizada num corpo especial de tropas, dependendo em tempo de paz do ministério responsável pela segurança pública, para efeitos de recrutamento, administração e execução dos serviços correntes, e do ministério responsável pelos assuntos militares para efeitos de uniformação e normalização da doutrina militar, do armamento e do equipamento. Em situação de guerra ou de crise grave, as forças da GNR ficarão operacionalmente sob comando militar.
Em 1993, a GNR absorveu a Guarda Fiscal que havia sido criada como força independente em 1885, a qual se tornou a Brigada Fiscal da GNR.
Em 2006 foi integrada, na GNR, a Polícia Florestal (Corpo Nacional da Guarda Florestal), sendo inseridos os seus elementos no Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA), reforçando a Guarda Nacional Republicana no âmbito da fiscalização e sensiblização ambiental.

O Surrealismo

O QUE É E FOI O SURREALISMO?


Surrealismo foi um movimento artístico e literário surgido primeiramente emParis dos anos 20, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir omodernismo no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais. Reúne artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo ganhando dimensão internacional. Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud (1856-1939), mas também pelo marxismo, o surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Um dos seus objetivos foi produzir uma arte que, segundo o movimento, estava sendo destruída pelo racionalismo. O poeta e crítico André Breton (1896-1966) é o principal líder e mentor deste movimento.
A palavra surrealismo supõe-se ter sido criada em 1917 pelo poeta Guillaume Apollinaire (1886-1918), jovem artista ligado ao Cubismo, e autor da peça teatral As Mamas de Tirésias (1917), considerada uma precursora do movimento.
Um dos principais manifestos do movimento é o Manifesto Surrealista de (1924). Além de Breton, seus representantes mais conhecidos são Antonin Artaud no teatro, Luis Buñuel no cinema e Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí no campo das artes plásticas, noemadamente da pintura.

VISÃO SURREALISTA


As características deste estilo: uma combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. Entre muitas de suas metodologias estão a colagem e a escrita automática. Segundo os surrealistas, a arte deve se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência cotidiana, buscando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos.
No manifesto e nos textos escritos posteriores, os surrealistas rejeitam a chamada ditadura da razão e valores burgueses como pátria, família, religião, trabalho e honra. Humor, sonho e a contralógica são recursos a serem utilizados para libertar o homem da existência utilitária. Segundo esta nova ordem, as ideias de bom gosto e decoro devem ser subvertidas.
A escrita automática procura buscar o impulso criativo artístico através do acaso e do fluxo de consciência despejado sobre a obra. Procura-se escrever no momento, sem planejamento, de preferência como uma atividade coletiva que vai se completando. Uma pessoa escreve algo num papel e outro completa, mas não de maneira lógica, passando a outro que dá sequência. O filme Um Cão Andaluz, de Luis Buñuel, por exemplo, é formado por partes de um sonho de Salvador Dalí e outra parte do próprio diretor, sem necessariamente objetivar-se uma lógica consciente e de entendimento, mas um discurso inconsciente que procura dialogar com outras leituras da realidade.

PERCURSO DO SURREALISMO


Em 1929, os surrealistas publicam um segundo manifesto e editam a revista A Revolução Surrealista. Entre os artistas ligados ao grupo em épocas variadas estão os escritores franceses, Antonin Artaud (1896-1948), também dramaturgo, Paul Éluard (1895-1952), Louis Aragon (1897-1982), Jacques Prévert (1900-1977) e Benjamin Péret (1899-1959,) que viveu no Brasil. Entre os escultores encontram-se os italianos Alberto Giacometti (1901-1960), o pintor italiano Vito Campanella (1932), assim como os pintores espanhóis Salvador Dali (1904-1989), Juan Miró (1893-1983) e Pablo Picasso, o pintor belga René Magritte (1898-1967), o pintor alemão Max Ernst (1891-1976) e o cineasta espanhol Luis Buñuel (1900-1983).
Nos anos 30, o movimento internacionaliza-se e influencia muitas outras tendências, conquistando adeptos em países da Europa e das Américas, tendo Breton assinado um manifesto com Leon Trotski na tentativa de criar um movimento internacional que lutava pela total liberdade na arte - FIARI: o Manifesto por uma Arte Revolucionária Independente.

SURREALISMO NA ARTE


O Surrealismo destacou-se nas artes, principalmente por quadros, esculturas ou produções literárias que procuravam expressar o inconsciente dos artistas, tentando driblar as amarras do pensamento racional. Entre seus métodos de composição estão aescrita automática.



ANOS 30 E O SURREALISMO

Pintura de Salvador  Dali

Salvador Dalí e René Magritte criaram as mais reconhecidas obras pictórias do movimento. Dalí entrou para o grupo em 1929, e participou do rápido estabelecimento do estilo visual entre 1930 e 1935.
Surrealismo como movimento visual tinha encontrado um método: expor a verdade psicológica ao despir objetos ordinários de sua significância normal, a fim de criar uma imagem que ia além da organização formal ordinária.
Em 1932 vários pintores Surrealistas produziram obras que foram marcos da evolução da estética do movimento: La Voix des Airs, de Magritte, é um exemplo deste processo, onde são vistas três grandes esferas representando sinos pendurados sobre uma paisagem. Outra paisagem Surrealista deste mesmo ano é Palais Promontoire, de Tanguy, com suas formas líquidas. Formas como estas se tornaram a marca registrada de Dali, particularmente com sua obra A Persistência da Memória, na qual relógios de bolso derretem.

A II GUERRA MUNDIAL E A SUA INFLUÊNCIA NO SURREALISMO



A Segunda Guerra Mundial provou ser disruptiva para o Surrealismo. Os artistas continuaram com as suas obras, incluindo Magritte. Muitos membros do movimento continuaram a corresponder-se e a encontrar-se. Em 1960, Magritte, Duchamp, Ernst e Man Ray encontraram-se em Paris. Apesar de Dali não se relacionar mais com Breton, ele não abandonou os seus motivos dos anos 30, incluindo referências à sua obra "Persistência" do Tempo numa obra posterior.
O trabalho de Magritte tornou-se mais realista na sua representação de objetos reais, enquanto mantinha o elemento de justaposição, como na sua obra Valores Pessoais (1951) e Império da Luz (1954). Magritte continuou a produzir obras que entraram para o vocabulário artístico, como Castelo nos Pireneus, que faz uma referência a Voix de 1931, na sua suspensão sobre a paisagem. Algumas personalidades do movimento Surrealista foram expulsas e vários destes artistas, como Roberto Mattam continuaram próximos ao Surrealismo como ele mesmo se definiu.


SURREALISMO EM PORTUGAL


O movimento surrealista português abrange um período muito curto, entre 1934 e 1952. As actividades artísticas do Grupo Surrealista de Lisboa começam no ano de 1948. As reuniões em que se elaborarou o projeto do movimento decorreram na Pastelaria Mexicana tendo participado António Pedro, Cândido Costa Pinto, Vespeira, Fernando Azevedo, Alexandre O’Neill, António Domingos, José-Augusto França e Mário Cesariny. A primeira exposição do Grupo Surrealista de Lisboa realizou-se em 1949.