segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
CONCEITOS: MÓDULO 6;UNIDADE 5: OS CAMINHOS DA CULTURA
UNIDADE 5: OS CAMINHOS DA CULTURA
CIENTISMO:- Crença no poder absoluto da ciência em todos os aspetos da vida.
O Cientismo parte de um estrito racionalismo que considera explicáveis todos os fenómenos, não pondo, por isso, limites às possibilidades do conhecimento humano. Segundo esta corrente de pensamento, a ciência constituiria a chave do progresso e da felicidade humana
POSITIVISMO:- Corrente filosófica e científica sistematizada, no século XIX, por Augusto Comte. O Positivismo, como corrente de pensamento, exclui toda a teorização metafísica, confinando-se ao positivo conhecimento dos factos através do método científico.
REALISMO:- Movimento cultural que se segue e se opõe ao Romantismo. Cronologicamente, o Realismo afirma-se acerca de 1850 e prolonga-se, sob várias formas, até à viragem do século.
Influenciado pela corrente positivista, o Realismo rejeita toda a subjetividade, opondo à beleza, ao refinamento, à elevação moral o simples culto dos factos. Estendendo-se embora a vários domínios, este movimento foi particularmente expressivo na pintura e na literatura.
IMPRESSIONISMO:- Corrente pictórica que se esboça na década de 1860 e persiste, pela mão de pintores como Claude Monet, até ao inicio do século XIX.
Os impressionistas procuram captar a realidade visível tal como, de imediato, a percebemos, transfigurada pelas diferentes intensidades de luz. Caracteriza-se por uma técnica pictórica rápida, de contornos diluídos, que privilegia as cores fortes e claras.
SIMBOLISMO:- Corrente artística da segunda metade do século XIX que atingiu a sua expressão mais forte cerca de 1880-90.
O simbolismo toma como tema o mundo dos pensamentos e dos sonhos, o sobrenatural e o invisível, adquirindo um carácter hermético e isotérico.
Tal como o Realismo, ao qual se opôs, esta corrente afirma-se sobretudo ao nível pictórico e literário.
ARTE NOVA:- Estilo que marca , na Europa, a viragem do século (c. 1890-1914) e se afirma pela oposição aos estilos antigos que continuavam a inspirar a arte académica. Embora se desdobre em múltiplas vertentes nacionais (Modern Style, em Inglaterra; Art Nouveau, em França; Secession, na Áustria; Jugendstile, na Alemanha, Modernismo, em Espanha…), a Arte Nova define-se pela preocupação decorativista, pelo predomínio da linha ondulada e pelo recurso aos motivos florais e femininos.
CONCEITOS: MÓDULO 6:UNIDADE 4: PORTUGAL- UMA SOCIEDADE CAPITALISTA DEPENDENTE
CONCEITOS: MÓDULO 6:UNIDADE 3: EVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA- NACIONALISMO E IMPERIALISMO
UNIDADE 3: EVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA- NACIONALISMO E IMPERIALISMO
DEMOLIBERALISMO:- Sistema político em vigência no mundo ocidental, desde as últimas décadas do século XIX. Baseia-se na extensão da cidadania a camadas cada vez mais amplas da população, através da instituição do sufrágio universal
SUFRÁGIO UNIVERSAL:- Direito de todos os cidadãos, sem distinção de sexo, raça, fortuna ou instrução, votarem em eleições para a escolha dos representantes políticos.
NACIONALISMO:-Sentimento de pertença de um povo a uma comunidade dotada de uma raça, língua, religião, tradições culturais e passado histórico comum. Identificado com o patriotismo, o nacionalismo tanto justifica o direito dos povos à autogovernação como pode fundamentar uma política belicista de conquistas territoriais.
IMPERIALISMO:- Domínio que um Estado exerce sobre outros países, a título militar, político, económico e cultural.
COLONIALISMO:- Domínio exercido sobre territórios não independentes (as colónias). É a forma de imperialismo mais completa, já que associa todas as suas facetas.
CONCEITOS: MÓDULO 6:UNIDADE 2: A SOCIEDADE INDUSTRIAL E URBANA
UNIDADE 2: A SOCIEDADE INDUSTRIAL E URBANA
EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA:- Aceleração do crescimento da população mundial que, no século XIX, duplicou os seus efetivos. O fenómeno, particularmente forte na Europa, foi possibilitado pela descida drástica e irreversível da mortalidade; pela antecipação da idade do casamento; pela elevação da esperança de vida. Quanto à natalidade, manteve-se alta até cerca de 1870, altura em que se inicia o seu, também irreversível, declínio.
SOCIEDADE DE CLASSES:- Tipo de sociedade que se generaliza no mundo ocidental desde o século XIX. Caracteriza-se a unidade do corpo social, na medida em que os indivíduos, nascidos livres e iguais em direitos, dispõem do mesmo estatuto jurídico. A diversidade social baseia-se, essencialmente, no estatuto económico, gerador de diferentes classes sociais.
CONSCIÊNCIA DE CLASSE:- Perceção explícita de pertença a uma classe social específica, por parte de indivíduos ou grupos. Implica a solidariedade para com os elementos da mesma classe e o distanciamento relativamente às outras classes sociais. A consciência de classe pode assumir uma expressão política, na medida em que força o Estado a atuar de acordo com os seus interesses.
PROFISSÕES LIBERAIS:- Profissões exercidas por conta própria, cujos membros dependem de uma Ordem, isto é, de um organismo profissional que lhes impõe regras. Exemplo: médicos, advogados, engenheiros, contabilistas, farmacêuticos.
PROLETARIADO:- Segundo a terminologia marxista, significa a classe operária que, sem meios de produção (a não ser os seus filhos, a sua prole), vende a sua força de trabalho (manual) em troca de um salário.
O termo proletário remonta à Roma antiga, abrangendo os cidadãos de inferior categoria, isentos de impostos, cuja única função social era a de gerar filhos.
MOVIMENTO OPERÁRIO:- Conjunto de ações levadas a cabo pelos trabalhadores assalariados, para a concretização das suas reivindicações. Na óptica marxista, é a expressão da luta de classes.
A implantação do capitalismo industrial fez crescer a massa de assalariados e subir de tom os seus protestos, que caminharam para as formas crescentes de organização.
Associações de socorros mútuos, cooperativas, sindicatos, greves, manifestações, eis como se traduziu o movimento operário, empenhado não só na melhoria das condições económicas e sociais (aumento de salários, diminuição do horário de trabalho, assistência na doença, velhice, desemprego), mas também na obtenção de direitos políticos.
SOCIALISMO:- Teoria, doutrina ou prática social que defende a supressão das diferenças entre as classes sociais, mediante a apropriação pública dos meios de produção e a sua distribuição mais equitativa.
As teorias socialistas remontam à Antiguidade e encontraram eco no Renascimento, em T. More e Campanella. No século XIX, o socialismo ressurgiu quando vários pensadores denunciaram as deficiências do capitalismo, criticaram as injustiças sociais e apresentaram soluções de alternativa.
MARXISMO:- Termo derivado do nome do filósofo, historiador e economista alemão Karl Marx, que se aplica à doutrina filosófica, política, económica e social por ele elaborada juntamente com Friedrich Engels.
A persepectiva marxista concebe a História como uma sucessão de modos de produção (esclavagismo, feudalismo, capitalismo), sucessão essa devida à luta de classes.
A Luta de Classes entre proletários e burgueses conduziria à destruição do capitalismo, à implantação da ditadura do proletariado e, finalmente à construção do comunismo- a verdadeira sociedade socialista, sem classes e sem Estado.
INTERNACIONAL OPERÁRIA:- Organização onde estão representados associações de trabalhadores de vários países, tendo em vista a coordenação das suas atividades.
CONCEITOS: MÓDULO 6:UNIDADE 1: AS TRANSFORMAÇÕES ECONÓMICAS NA EUROPA E NO MUNDO
UNIDADE 1: AS TRANSFORMAÇÕES ECONÓMICAS NA EUROPA E NO MUNDO
PROGRESSOS CUMULATIVOS:- Série crescente de progressos que resultam da estreita ligação entre a ciência e a técnica. O termo cumulativos assume o duplo significado de interação entre a investigação científica e a criação técnica e de sobreposição desses mesmos progressos, na medida em que os novos avanços têm por base os anteriores.
CAPITALISMO INDUSTRIAL:-Tipo de capitalismo que se desenvolveu na segunda metade do século XIX e que se caracteriza por um investimento maciço na indústria.
O capitalismo industrial assenta numa clara divisão entre os detentores do capital (edifícios, fábricas, maquinaria, matéria-prima, etc.) e o trabalho, representado pela mão-de-obra assalariada.
ESTANDARDIZAÇÃO:- Uniformização dos artigos produzidos através do fabrico em série, que possibilita a produção em massa. Por sua vez, o trabalho necessário à produção é dividido numa série de tarefas também estandardizadas.
LIVRE-CAMBISMO:- Sistema que liberaliza as trocas internacionais. No sistema livre-cambista, o Estado deve abster-se de interferir nas correntes de comércio, pelo que os direitos alfandegários, a fixação de contingentes (de importações ou exportações) e as proibições de entrada ou saída devem ser abolidas ou, pelo menos, reduzirem-se ao mínimo.
A Grã-Bretanha foi, no século XIX, o porta-estandarte do livre-cambismo, tendo os seus economistas defendido que o livre-cambismo permite uma utilização ótima dos recursos e uma especialização ideal dos diferentes países na atividade que lhes é mais favorável.
CRISE CÍCLICA:-Estado periódico de agudo mal-estar e de mau funcionamento da economia.
Enquanto nas economias pré-industriais as crises eram, sobretudo, de penúria e da escassez, nas economias industriais as crises são provocadas por fenómenos de superprodução. As crises do capitalismo caracterizam-se pela rápida descida descida dos preços, da produção e dos rendimentos. Ocasionam numerosas falências, a subida do desemprego e a queda das cotações bolsistas.
Em termos precisos, o momento da crise é aquele em que se regista a inversão da tendência de alta para a tendência depressionária.
CONCEITOS: MÓDULO 5:UNIDADE 5: O LEGADO DO LIBERALISMO NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX
UNIDADE 5: O LEGADO DO LIBERALISMO NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX
LIBERALISMO ECONÓMICO:- Doutrina económica, baseada no individualismo, na liberdade absoluta de cada membro da sociedade e na ideia da ordem natural, segundo a qual a iniciativa privada deve atuar livremente para que os desejos e os interesses de todos sejam satisfeitos da melhor maneira possível.
Consequentemente, o liberalismo é contra qualquer intervenção do Estado em matéria económica; não lhe reconhece outra atribuição que não seja garantir a liberdade total da iniciativa privada no que se refere à produção e à comercialização de bens.
ROMANTISMO:- Movimento cultural do século XIX que exalta o instinto e privilegia as emoções contra a razão, rejeitando a harmonia do “bom gosto” codificada pelo racionalismo neoclássico.
Para além de um movimento cultural, com manifestações na literatura, na pintura e na música, o Romantismo foi um estado de espírito que fez bandeira da liberdade e do individualismo, pelo que se converteu na ideologia dos revolucionários liberais. O romantismo surgiu, no final do século XVIII, na Alemanha (Kleist, Schiller, Beethoven Goethe), a partir do movimento Sturm und Drang (Tempestade e Paixão).
Desenvolveu-se, depois, na Inglaterra (Keats, Shelley, Byron, Walter Scott) e, por volta de 1830, atingiu um ponto alto em França com Victor Hugo.
CONCEITOS: MÓDULO 5: UNIDADE 4: A IMPLANTAÇÃO DO LIBERALISMO EM PORTUGAL
UNIDADE 4: A IMPLANTAÇÃO DO LIBERALISMO EM PORTUGAL
VINTISMO:- Tendência do liberalismo português, instituído na sequência da Revolução de 1820 e consagrada na Constituição de 1822. Caracteriza-se pelo radicalismo das suas posições, ao instituir o dogma da soberania popular, ao limitar as prerrogativas reais e ao não reconhecer qualquer situação de privilégio à nobreza e ao clero.
CARTA CONSTITUCIONAL:- Documento regulador da vida política de um Estado, que estabelece os direitos, as liberdades e garantias dos cidadãos e define a relação que os poderes do Estado mantém entre si. A Carta Constitucional é da iniciativa dos governantes, que a outorgam à Nação.
CARTISMO:- Projeto político do liberalismo moderado defensor da legalidade da Carta Constitucional, outorgada por D. Pedro IV em 1826.
Ao contrário do projeto radical vintista, valorizava a autoridade régia e reconhecia alguns privilégios à nobreza e ao clero.
Os períodos de vigência do cartismo decorreram de 1826 a 1828, de 1834 a 1836 e de 1842 a 1851.
SETEMBRISMO:-Fação radical do liberalismo português, defensora de princípios do vintismo, como a soberania nacional ser a fonte de toda a autoridade. Opositor da Carta Constitucional, o setembrismo vigorou de 1836 a 1842.
CABRALISMO:- Período de vigência do liberalismo português (1842-1846 e 1849-1851) que se identifica com a governação de Costa Cabral. Caracterizado por um exercício autoritário do poder, repôs a Carta Constitucional, fomentou as obras públicas e reformou o aparelho administrativo e fiscal.
CONCEITOS: MÓDULO 5: UNIDADE 2: A REVOLUÇÃO FRANCESA – PARADIGMA DAS REVOLUÇÕES LIBERAIS E BURGUESAS.
UNIDADE 2: A REVOLUÇÃO FRANCESA – PARADIGMA DAS REVOLUÇÕES LIBERAIS E BURGUESAS.
MONARQUIA CONSTITUCIONAL:- Regime político cujo representante máximo do poder executivo é um rei, que tem a sua autoridade regulamentada e limitada por uma Constituição.
SOBERANIA NACIONAL:-Principio decorrente da Filosofia das Luzes, segundo o qual a fonte do poder político reside na Nação. Esta poderá exercê-lo de forma direta ou por delegação nos governantes (elegendo-os, por exemplo), considerados seus representantes.
SUFRÁGIO CENSITÁRIO:- Modalidade de voto restrito em que este só pode ser exercido pelos cidadãos que pagam ao estado uma determinada quantia em dinheiro relativa a contribuições diretas (impostos)- o chamado censo.
SISTEMAS REPRESENTATIVOS:- Processos em que a tomada das decisões políticas cabe a um corpo especializado de cidadãos ( os políticos ), mandatados pela Nação, por exemplo, através de eleições.
ESTADO LAICO:- Estado que se assume não confessional, libertando-se da influência religiosa. Retira à Igreja todo e qualquer poder sobre o ensino, a assistência e a legislação civil. Em casos extremos, o laicismo do Estado conduz ao anticlericalismo e ao ateísmo.
CONCEITOS: MÓDULO 5:UNIDADE 1: A REVOLUÇÃO AMERICANA- UMA REVOLUÇÃO FUNDADORA
UNIDADE 1: A REVOLUÇÃO AMERICANA- UMA REVOLUÇÃO FUNDADORA
REVOLUÇÕES LIBERAIS:- Movimentos de contestação ao Antigo Regime que se espalharam pela Europa e as Américas, entre as últimas décadas do século XVIII e o século XIX. Partindo de insurreições armadas e prolongando-se em reformas institucionais, tornaram possíveis:
-a eliminação do absolutismo e da sociedade de ordens;
-a consagração dos direitos naturais do Homem, da soberania popular e da divisão de poderes;
-a instauração da livre iniciativa em matéria económica;
-a libertação de nações do jugo colonial e estrangeiro.
ÉPOCA CONTEMPORÂNEA:- Período cronológico da História da Humanidade, no mundo ocidental, que decorre de finais do século XVIII aos nossos dias. Tem nas suas origens as Revoluções Liberais (a periodização tradicional inicia esta época em 1789, com a eclosão da Revolução Francesa) e a Revolução Industrial, que fizeram triunfar o liberalismo, o capitalismo industrial e a sociedade de classes.
CONSTITUIÇÃO:- Diploma elaborado pelos deputados da Nação que define as regras da vida política:
-estabelecendo os direitos, as liberdades e as garantias dos cidadãos;
-consagrando a soberania nacional;
-determinando a forma de governo e de distribuição dos poderes.
A Constituição é a lei máxima do Estado. A sua instituição deve-se ao liberalismo que, desse modo, legitimava o poder político, pondo cobro à prepotência e arbitrariedade do absolutismo.
CONCEITOS: MÓDULO 4:UNIDADE 4: CONSTRUÇÃO DA MODERNIDADE EUROPEIA
UNIDADE 4: CONSTRUÇÃO DA MODERNIDADE EUROPEIA
ILUMINISMO:- Corrente filosófica que se desenvolveu na Europa do século XVIII e que caracterizou pela crítica à autoridade política e religiosa, pela afirmação da liberdade e pela confiança da Razão e no progresso da ciência, como meios de atingir a felicidade humana.
Originárias da Inglaterra (Enlightenment) e da Holanda, as “Luzes” fizeram da França o seu principal centro e, especialmente de Paris, irradiaram para a Europa e para o Mundo.
Na Alemanha, por exemplo, o movimento é conhecido pelo nome de Aufklarung (esclarecimento) e na Espanha por Ilustración (ilustração)
CONCEITOS: MÓDULO 4: UNIDADE 3: TRIUNFO DOS ESTADOS E DINÂMICAS ECONÓMICAS NOS SÉCULOS XVII E XVIII
UNIDADE 3: TRIUNFO DOS ESTADOS E DINÂMICAS ECONÓMICAS NOS SÉCULOS XVII E XVIII
MERCANTILISMO:-Teoria económica enunciada nos séculos XVI,XVII e XVIII, que defende uma forte intervenção do Estado na economia. O objetivo dessa intervenção era o aumento da riqueza nacional, identificada com a quantidade de metais preciosos acumulados pelo país. São características do mercantilismo as medidas de tipo protecionista e monopolista. O termo mercantilismo designa, igualmente, as políticas económicas que, de acordo com esta teoria, foram implementadas em grande parte dos países europeus no século XVII e na primeira metade do século XVIII.
BALANÇA COMERCIAL:- Termo que designa a relação entre o montante das importações e das exportações. Caso o volume das exportações ultrapasse o das importações, a balança comercial é positiva, o que se identifica com a prosperidade do país.
PROTECCIONISMO:-Política económica que impede a livre circulação de mercadorias. O protecionismo traduz-se, geralmente, por um aumento dos direitos alfandegários sobre as importações. O objetivo desta medida é permitir o desenvolvimento das produções internas que, desta forma, se tornam mais competitivas. MANUFACTURA:-Num sentido lato, o termo designa as diferentes atividades industriais que não empregam maquinaria e que, por isso, são características das épocas pré-industriais. Em sentido restrito, aplica-se às grandes unidades transformadoras típicas dos séculos XVII e XVIII que, para além da concentração de trabalhadores, recorriam já à divisão do trabalho e ao uso de tecnologia própria (mas não de maquinaria). COMPANHIA MONOPOLISTA:-Associação económica geralmente de cariz comercial, à qual o Estado conferia direitos exclusivos sobre determinado produto ou área de comércio. No século XVII organizaram-se numerosas companhias monopolistas, na sua maior parte destinadas ao comércio colonial. As mais poderosas foram as Companhias das Índias Orientais, as quais os estados (Holanda, Inglaterra, França) conferiam poderes de justiça, administração e defesa no Oriente. Estas companhias representavam os respectivos países, negociando tratados e conquistando territórios, pelo que, para além dos direitos de comércio, detinham um grande poderio territorial e militar. CAPITALISMO COMERCIAL:-Sistema económico caracterizado pela procura do maior lucro, pelo espírito de concorrência e pelo papel determinante do capital como motor do desenvolvimento económico. Característico da Idade Moderna (séculos XV a XVIII), o capitalismo comercial tem no grande comércio (e não na indústria) o seu setor mais lucrativo. Os capitais aí acumulados fizeram desenvolver as primeiras formas de capitalismo financeiro, materializado nas atividades bancário e bolsista. EXCLUSIVO COMERCIAL:- Forma de exploração económica que reserva para a metrópole os recursos e o mercado das colónias. Trata-se de uma medida protecionista cujo objetivo é garantir a obtenção de matérias-primas e produtos exóticos a baixos preços, bem como escoar as produções manufacturadas do país dominador. MERCADO NACIONAL:-Diz-se da capacidade aquisitiva da procura interna que, no caso da Inglaterra, no século XVIII, foi favorecida por:-revolução demográfica;- abolição dos entraves à circulação de produtos;- incrementos dos transportes;- crescimento urbano. COMÉRCIO TRIANGULAR:- Circuito de comércio atlântico que ligava os continentes europeu, africano e americano. Este comércio, que prosperou sobretudo nos séculos XVII e XVIII, era suportado pelas necessidades de mão-de-obra das colónias americanas que dependiam dos contingentes negros para as suas plantações e explorações mineiras. TRÁFICO NEGREIRO:- Intenso comércio de escravos negros que canalizou para a América grande número de africanos, na sua maioria comprados ou aprisionados nas costas da Guiné, de Angola e de Moçambique. Os escravos eram transportados em grandes navios negreiros, nas mais desumanas condições, pelo que uma parte significativa sucumbia durante a viagem. BOLSA DE VALORES:- Instituição financeira em que se transacionam bens mobiliários, como fundos do Estado, ações e obrigações. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:- Em sentido estrito, é um conjunto de transformações técnicas e económicas que se iniciaram na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e se alargaram a quase todos os países da Europa e da América do Norte no decorrer do século XIX. Considera-se, geralmente, que foi a invenção da máquina a vapor e sua subsequente aplicação aos transportes e à indústria que provocaram a rápida mudança nos modos de produção (da manufactura passou-se à maquinofactura). Em sentido lato, a revolução industrial significa o conjunto de modificações estruturais profundas que se estabeleceram na economia, na sociedade e na mentalidade do mundo ocidental, no período atrás referido. BANDEIRANTE:- Indivíduo participante numa bandeira, termo pelo qual, a partir do século XVIII, ficaram conhecidas as expedições armadas que percorriam o interior do Brasil em busca de ouro ev escravos. As bandeiras prolongaram-se do século XVI ao século XVIII., tendo como centro São Paulo, pelo que os bandeirantes são também conhecidos como “paulistas “ ou “gentes de São Paulo”. A ação dos bandeirantes foi também da maior importância para o conhecimento do território e para a fixação das fronteiras do Brasil.
PROTECCIONISMO:-Política económica que impede a livre circulação de mercadorias. O protecionismo traduz-se, geralmente, por um aumento dos direitos alfandegários sobre as importações. O objetivo desta medida é permitir o desenvolvimento das produções internas que, desta forma, se tornam mais competitivas. MANUFACTURA:-Num sentido lato, o termo designa as diferentes atividades industriais que não empregam maquinaria e que, por isso, são características das épocas pré-industriais. Em sentido restrito, aplica-se às grandes unidades transformadoras típicas dos séculos XVII e XVIII que, para além da concentração de trabalhadores, recorriam já à divisão do trabalho e ao uso de tecnologia própria (mas não de maquinaria). COMPANHIA MONOPOLISTA:-Associação económica geralmente de cariz comercial, à qual o Estado conferia direitos exclusivos sobre determinado produto ou área de comércio. No século XVII organizaram-se numerosas companhias monopolistas, na sua maior parte destinadas ao comércio colonial. As mais poderosas foram as Companhias das Índias Orientais, as quais os estados (Holanda, Inglaterra, França) conferiam poderes de justiça, administração e defesa no Oriente. Estas companhias representavam os respectivos países, negociando tratados e conquistando territórios, pelo que, para além dos direitos de comércio, detinham um grande poderio territorial e militar. CAPITALISMO COMERCIAL:-Sistema económico caracterizado pela procura do maior lucro, pelo espírito de concorrência e pelo papel determinante do capital como motor do desenvolvimento económico. Característico da Idade Moderna (séculos XV a XVIII), o capitalismo comercial tem no grande comércio (e não na indústria) o seu setor mais lucrativo. Os capitais aí acumulados fizeram desenvolver as primeiras formas de capitalismo financeiro, materializado nas atividades bancário e bolsista. EXCLUSIVO COMERCIAL:- Forma de exploração económica que reserva para a metrópole os recursos e o mercado das colónias. Trata-se de uma medida protecionista cujo objetivo é garantir a obtenção de matérias-primas e produtos exóticos a baixos preços, bem como escoar as produções manufacturadas do país dominador. MERCADO NACIONAL:-Diz-se da capacidade aquisitiva da procura interna que, no caso da Inglaterra, no século XVIII, foi favorecida por:-revolução demográfica;- abolição dos entraves à circulação de produtos;- incrementos dos transportes;- crescimento urbano. COMÉRCIO TRIANGULAR:- Circuito de comércio atlântico que ligava os continentes europeu, africano e americano. Este comércio, que prosperou sobretudo nos séculos XVII e XVIII, era suportado pelas necessidades de mão-de-obra das colónias americanas que dependiam dos contingentes negros para as suas plantações e explorações mineiras. TRÁFICO NEGREIRO:- Intenso comércio de escravos negros que canalizou para a América grande número de africanos, na sua maioria comprados ou aprisionados nas costas da Guiné, de Angola e de Moçambique. Os escravos eram transportados em grandes navios negreiros, nas mais desumanas condições, pelo que uma parte significativa sucumbia durante a viagem. BOLSA DE VALORES:- Instituição financeira em que se transacionam bens mobiliários, como fundos do Estado, ações e obrigações. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:- Em sentido estrito, é um conjunto de transformações técnicas e económicas que se iniciaram na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e se alargaram a quase todos os países da Europa e da América do Norte no decorrer do século XIX. Considera-se, geralmente, que foi a invenção da máquina a vapor e sua subsequente aplicação aos transportes e à indústria que provocaram a rápida mudança nos modos de produção (da manufactura passou-se à maquinofactura). Em sentido lato, a revolução industrial significa o conjunto de modificações estruturais profundas que se estabeleceram na economia, na sociedade e na mentalidade do mundo ocidental, no período atrás referido. BANDEIRANTE:- Indivíduo participante numa bandeira, termo pelo qual, a partir do século XVIII, ficaram conhecidas as expedições armadas que percorriam o interior do Brasil em busca de ouro ev escravos. As bandeiras prolongaram-se do século XVI ao século XVIII., tendo como centro São Paulo, pelo que os bandeirantes são também conhecidos como “paulistas “ ou “gentes de São Paulo”. A ação dos bandeirantes foi também da maior importância para o conhecimento do território e para a fixação das fronteiras do Brasil.
MÓDULO 4:UNIDADE 2: A EUROPA DOS ESTADOS ABSOLUTOS E A EUROPA DOS PARLAMENTOS
UNIDADE 2: A EUROPA DOS ESTADOS ABSOLUTOS E A EUROPA DOS PARLAMENTOS ANTIGO REGIME:-Época da História europeia compreendida entre o Renascimento e as grandes revoluções liberais que corresponde, grosso modo, à Idade Moderna. Socialmente, o Antigo Regime caracteriza-se por uma estrutura fortemente hierarquizada (em ordens), politicamente, corresponde ás monarquias absolutas e, economicamente, (mercantilismo) ao desenvolvimento do capitalismo comercial.
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL:- Divisão da sociedade em grupos hierarquicamente organizados, consoante o seu prestígio, poder ou riqueza.
ORDEM/ESTADO:- Categoria social que goza de um grau determinado de dignidade e prestígio, correspondente à importância da função social que desempenha. A ordem (ao contrário da classe social) assenta mais no nascimento que na riqueza, perpetuando-se por via hereditária e admitindo uma mobilidade social reduzida. Uma das ordens do Antigo Regime, o clero, foge, pelo celibato imposto aos seus membros, à transmissão hereditária, mas reflete, na sua hierarquia interna, a diversidade social das duas outras ordens. MOBILIDADE SOCIAL:- Transição dos indivíduos de um para outro estrato social, quer em sentido ascendente, quer em sentido descendente. Numa sociedade de ordens esta mobilidade é sempre reduzida, uma vez que o critério de diferenciação social assenta no nascimento. Porém, no Antigo Regime, o desenvolvimento do capitalismo comercial conduziu à ascensão da burguesia, que viu reforçadas tanto a sua valia económica como a sua dignidade social. Este processo culminará com o embate das revoluções liberais que destruirão a sociedade de ordens, instaurando o atual modelo de organização social em classes. MONARQUIA ABSOLUTA:- Sistema de governo que se afirmou na Europa, no decurso do Antigo Regime. Concentra no soberano, que se considera mandatado por Deus, a totalidade dos poderes do Estado. SOCIEDADE DE CORTE:- Grupo de pessoas que rodeia o rei e participa na vida da corte. Trata-se de um conjunto razoavelmente vasto e organizado que partilha os mesmos valores e o mesmo padrão de vida. A sociedade de corte atingiu o seu período áureo nos séculos XVII e XVIII, assumindo então um lugar central no conjunto da sociedade. PARLAMENTO:- Assembleia política à qual cabem, em regra, funções legislativas. Este tipo de órgão apresenta outras designações como, assembleia, cortes ou congresso. O atual Parlamento inglês é o parlamento mais antigo, tendo servido de modelo a muitos outros. As suas origens remontam à Magna Carta (1215), encontrando-se desde o tempo de Eduardo III (século XIV) dividido em duas câmaras, que evidenciam a distinção entre a nobreza e o povo: a Câmara dos Comuns que, nos séculos XVII e XVIII, era eleita por sufrágio censitário, e a Câmara dos Lordes, nomeada pelo rei.
ORDEM/ESTADO:- Categoria social que goza de um grau determinado de dignidade e prestígio, correspondente à importância da função social que desempenha. A ordem (ao contrário da classe social) assenta mais no nascimento que na riqueza, perpetuando-se por via hereditária e admitindo uma mobilidade social reduzida. Uma das ordens do Antigo Regime, o clero, foge, pelo celibato imposto aos seus membros, à transmissão hereditária, mas reflete, na sua hierarquia interna, a diversidade social das duas outras ordens. MOBILIDADE SOCIAL:- Transição dos indivíduos de um para outro estrato social, quer em sentido ascendente, quer em sentido descendente. Numa sociedade de ordens esta mobilidade é sempre reduzida, uma vez que o critério de diferenciação social assenta no nascimento. Porém, no Antigo Regime, o desenvolvimento do capitalismo comercial conduziu à ascensão da burguesia, que viu reforçadas tanto a sua valia económica como a sua dignidade social. Este processo culminará com o embate das revoluções liberais que destruirão a sociedade de ordens, instaurando o atual modelo de organização social em classes. MONARQUIA ABSOLUTA:- Sistema de governo que se afirmou na Europa, no decurso do Antigo Regime. Concentra no soberano, que se considera mandatado por Deus, a totalidade dos poderes do Estado. SOCIEDADE DE CORTE:- Grupo de pessoas que rodeia o rei e participa na vida da corte. Trata-se de um conjunto razoavelmente vasto e organizado que partilha os mesmos valores e o mesmo padrão de vida. A sociedade de corte atingiu o seu período áureo nos séculos XVII e XVIII, assumindo então um lugar central no conjunto da sociedade. PARLAMENTO:- Assembleia política à qual cabem, em regra, funções legislativas. Este tipo de órgão apresenta outras designações como, assembleia, cortes ou congresso. O atual Parlamento inglês é o parlamento mais antigo, tendo servido de modelo a muitos outros. As suas origens remontam à Magna Carta (1215), encontrando-se desde o tempo de Eduardo III (século XIV) dividido em duas câmaras, que evidenciam a distinção entre a nobreza e o povo: a Câmara dos Comuns que, nos séculos XVII e XVIII, era eleita por sufrágio censitário, e a Câmara dos Lordes, nomeada pelo rei.
MÓDULO 4: UNIDADE 1-POPULAÇÃO DA EUROPA NOS SÉCULOS XVII E XVIII: CRISES E CRESCIMENTO
MÓDULO 4: A EUROPA NOS SÉCULOS XVII E XVIII-SOCIEDADE, PODER E DINÂMICAS COLONIAIS
UNIDADE 1: POPULAÇÃO DA EUROPA NOS SÉCULOS XVII E XVIII: CRISES E CRESCIMENTO
ECONOMIA PRÉ-INDUSTRIAL- Sistema económico que se caracteriza essencialmente pela base agrícola e pela debilidade tecnológica. O volume de produção encontra-se, por isso, estreitamente ligado ao número de homens, estando a expansão demográfica limitada pela insuficiência dos recursos alimentares, Assim, as fases de crescimento e recessão económicas coincidem, em geral, com os fluxos e refluxos populacionais.
CRISE DEMOGRÁFICA- Quebra demográfica brusca provocada por uma elevação violenta da taxa de mortalidade, acompanhada do recuo da taxa de natalidade. A crise demográfica é geralmente de curta duração (alguns meses) e devido a surtos de fome (crises de subsistência) e/ou epidemias.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
MÓDULO 1: UNIDADE 3:O ESPAÇO CIVILIZACIONAL GRECO-LATINO à BEIRA DA MUDANÇA
CONCEITOS:
IGREJA ROMANO-CRISTÃ:Designação dada à Igreja cristã nos últimos dois séculos do Império Romano, altura em que beneficiou da proteção das autoridades civis e se assumiu, legalmente, como única religião do Império.
ÉPOCA CLÁSSICA: Também designada por Antiguidade clássica, é uma das épocas em que, tradicionalmente, se divide a História. Compreendida entre o século V a. C. (apogeu grego) e o século V d. C. (queda do Império Romano do Ocidente), a Época Clássica identifica-se com as civilizações grega e romana.
CIVILIZAÇÃO: Por vezes identificada por cultura, a noção de civilização incluiu o conjunto de manifestações espirituais e materiais de uma comunidade alargada num determinado tempo histórico, razoavelmente longo. As civilizações são dotadas de características próprias que as distinguem. Sendo o termo muito abrangente, permite-nos, em História, comparar diversas comunidades da mesma época ou de épocas diferentes. É assim que falamos em “civilização egípcia”, “civilização chinesa”, “civilização grega” ou “civilizações clássicas”, por exemplo.
MÓDULO 2: DINAMISMO CIVILIZACIONAL DA EUROPA OCIDENTAL NOS SÉCULOS XIII E XIV- ESPAÇOS PODERES E VIVÊNCIAS
CONCEITOS:
SENHORIO
Território onde um senhor exercia:
a) Poder sobre a terra, de que era proprietário e de cuja exploração cobrava rendas e serviços;
b) Poder sobre os homens, a quem exigia impostos de natureza económica, jurisdicional e militar
REINO
Estado ou nação cujo chefe político é um rei. Foi no decurso da Idade Média que se constituíram os reinos que estão na base dos actuais Estados europeus. O processo de formação de reinos foi mais precoce na Europa Ocidental. Na Europa Central e Oriental este processo foi entravado por razões várias, tendo a autoridade real sentido dificuldade em se afirmar face ao poder dos grandes senhores.
COMUNA
O termo designou, inicialmente, a associação dos habitantes de uma cidade que tinha por objectivo libertá-la da sujeição aos grandes senhores. Passou, depois, a designar a cidade que, na Idade Média, possuía numa total ou muito ampla autonomia administrativa.
Iniciado no século XI, em Itália, o movimento comunal expande-se no decurso dos séculos XII, XIII e XIV.
PAPADO
O cargo, a dignidade do Papa.
O estabelecimento da supremacia do bispo de Roma – o Papa – sobre o restante clero e a Cristandade ocidental foi um processo demorado e complexo que conduziu, em 1054, à divisão dos cristãos em católicos e ortodoxos.
No século XI foram dados dois passos sobremaneira importantes para o reforço da dignidade do Papa no Ocidente: o estabelecimento da sua eleição por um colégio independente de cardeais (1059) e a publicação, por Gregório VII, dos Dictatus Papae (1075), que proclamavam a independência da Igreja relativamente aos laicos, a centralização dos poderes da instituição nas mãos do Papa, bem como a supremacia deste último sobre toda a Cristandade.
IGREJA ORTODOXA GREGA
Conjunto de Igrejas do Oriente que, no século XI, se separaram da Igreja de Roma, por considerarem que esta se desviava dos genuínos dogmas do cristianismo, definidos nos sete primeiros concílios. Daí a designação, que a si mesmo atribuíram, de ortodoxas (“doutrina certa”). Os Ortodoxos não reconheciam, como os católicos, a autoridade superior de qualquer bispo, embora o primado de honra pertencesse ao patriarca de Constantinopla.
Para além deste ponto, separavam as duas Igrejas alguns aspectos doutrinais e litúrgicos, nomeadamente no que toca ao dogma da Santíssima Trindade e à língua religiosa que, no Oriente, era o grego e, no Ocidente, o latim. Daí o nome de Igreja Grega dado à Igreja Ortodoxa.
ISLÃO
O mesmo que islamismo, religião monoteísta fundada por Maomé, na segunda década do século VII. O vocábulo islão significa, em árabe, “submissão total a Deus”. Inicialmente, o termo foi pouco usado no sentido que tem hoje, já que os Árabes designam a sua religião por Muslen e por Mussulman os crentes da mesma.
O termo islão tanto pode ser utilizado com um sentido estritamente religioso como para designar a comunidade islâmica, isto é, o mundo muçulmano em geral.
BURGUESIA
Grupo social oriundo dos estratos populares que se individualiza na Idade Média, cerca do século XII. O termo burgueses designa, inicialmente, os habitantes dos burgos, em geral comerciantes e artesãos cuja riqueza assenta em bens móveis e não na posse de terras, como o clero e a nobreza. Com o tempo, a burguesia incorpora outros elementos sociais (homens de leis, funcionários) e adquire um estatuto mais elevado do que o povo em geral.
ECONOMIA MONETÁRIA
Sistema económico baseado nas trocas e na circulação de moeda. Esta torna-se não só um indispensável meio de pagamento como um valor em si, susceptível de ser entesourado. A economia monetária tem subjacentes o espírito de lucro e o jogo da oferta e da procura, orientando-se para a satisfação das necessidades de um mercado consumidor. Este sistema económico afirmou-se definitivamente com o renascimento das cidades, no século XIII, substituindo a economia de autoconsumo que vigorava na Europa desde o fim do Império Romano.
PAZ DE DEUS
Movimento clerical, de base popular e campesina, nascido nos finais do século X com o objectivo de pôr fim às guerras privadas e proteger delas as populações.
PAZ DE FEIRA
Constituía uma determinação especial das autoridades locais, que, por ela, proibiam quaisquer hostilidades armadas que pusessem em risco a segurança de quem quisesse frequentar a feira durante o seu período de duração (incluindo os dias que precediam e se seguiam à feira).
LETRA DE CÂMBIO
Título de crédito em que o credor (denominado sacador) ordena a um devedor (o sacado) que, em certa data ou perante a apresentação da letra, pague certa quantia a ele ou a quem ele designe.
SENHORIO
Território onde um senhor exercia:
a) Poder sobre a terra, de que era proprietário e de cuja exploração cobrava rendas e serviços;
b) Poder sobre os homens, a quem exigia impostos de natureza económica, jurisdicional e militar
REINO
Estado ou nação cujo chefe político é um rei. Foi no decurso da Idade Média que se constituíram os reinos que estão na base dos actuais Estados europeus. O processo de formação de reinos foi mais precoce na Europa Ocidental. Na Europa Central e Oriental este processo foi entravado por razões várias, tendo a autoridade real sentido dificuldade em se afirmar face ao poder dos grandes senhores.
COMUNA
O termo designou, inicialmente, a associação dos habitantes de uma cidade que tinha por objectivo libertá-la da sujeição aos grandes senhores. Passou, depois, a designar a cidade que, na Idade Média, possuía numa total ou muito ampla autonomia administrativa.
Iniciado no século XI, em Itália, o movimento comunal expande-se no decurso dos séculos XII, XIII e XIV.
PAPADO
O cargo, a dignidade do Papa.
O estabelecimento da supremacia do bispo de Roma – o Papa – sobre o restante clero e a Cristandade ocidental foi um processo demorado e complexo que conduziu, em 1054, à divisão dos cristãos em católicos e ortodoxos.
No século XI foram dados dois passos sobremaneira importantes para o reforço da dignidade do Papa no Ocidente: o estabelecimento da sua eleição por um colégio independente de cardeais (1059) e a publicação, por Gregório VII, dos Dictatus Papae (1075), que proclamavam a independência da Igreja relativamente aos laicos, a centralização dos poderes da instituição nas mãos do Papa, bem como a supremacia deste último sobre toda a Cristandade.
IGREJA ORTODOXA GREGA
Conjunto de Igrejas do Oriente que, no século XI, se separaram da Igreja de Roma, por considerarem que esta se desviava dos genuínos dogmas do cristianismo, definidos nos sete primeiros concílios. Daí a designação, que a si mesmo atribuíram, de ortodoxas (“doutrina certa”). Os Ortodoxos não reconheciam, como os católicos, a autoridade superior de qualquer bispo, embora o primado de honra pertencesse ao patriarca de Constantinopla.
Para além deste ponto, separavam as duas Igrejas alguns aspectos doutrinais e litúrgicos, nomeadamente no que toca ao dogma da Santíssima Trindade e à língua religiosa que, no Oriente, era o grego e, no Ocidente, o latim. Daí o nome de Igreja Grega dado à Igreja Ortodoxa.
ISLÃO
O mesmo que islamismo, religião monoteísta fundada por Maomé, na segunda década do século VII. O vocábulo islão significa, em árabe, “submissão total a Deus”. Inicialmente, o termo foi pouco usado no sentido que tem hoje, já que os Árabes designam a sua religião por Muslen e por Mussulman os crentes da mesma.
O termo islão tanto pode ser utilizado com um sentido estritamente religioso como para designar a comunidade islâmica, isto é, o mundo muçulmano em geral.
BURGUESIA
Grupo social oriundo dos estratos populares que se individualiza na Idade Média, cerca do século XII. O termo burgueses designa, inicialmente, os habitantes dos burgos, em geral comerciantes e artesãos cuja riqueza assenta em bens móveis e não na posse de terras, como o clero e a nobreza. Com o tempo, a burguesia incorpora outros elementos sociais (homens de leis, funcionários) e adquire um estatuto mais elevado do que o povo em geral.
ECONOMIA MONETÁRIA
Sistema económico baseado nas trocas e na circulação de moeda. Esta torna-se não só um indispensável meio de pagamento como um valor em si, susceptível de ser entesourado. A economia monetária tem subjacentes o espírito de lucro e o jogo da oferta e da procura, orientando-se para a satisfação das necessidades de um mercado consumidor. Este sistema económico afirmou-se definitivamente com o renascimento das cidades, no século XIII, substituindo a economia de autoconsumo que vigorava na Europa desde o fim do Império Romano.
PAZ DE DEUS
Movimento clerical, de base popular e campesina, nascido nos finais do século X com o objectivo de pôr fim às guerras privadas e proteger delas as populações.
PAZ DE FEIRA
Constituía uma determinação especial das autoridades locais, que, por ela, proibiam quaisquer hostilidades armadas que pusessem em risco a segurança de quem quisesse frequentar a feira durante o seu período de duração (incluindo os dias que precediam e se seguiam à feira).
LETRA DE CÂMBIO
Título de crédito em que o credor (denominado sacador) ordena a um devedor (o sacado) que, em certa data ou perante a apresentação da letra, pague certa quantia a ele ou a quem ele designe.
MÓDULO 2: UNIDADE 3
CONCEITOS:
ÉPOCA MEDIEVAL
Uma das épocas em que tradicionalmente se divide a História.
Tem a duração de cerca de 1000 anos, sendo, normalmente, tomados como limites a destituição do último imperador romano do Ocidente, em 476, e a conquista de Constantinopla pelos Turcos, em 1453.
Embora num período tão longo as mutações históricas tenham sido muitas, a Idade Média identifica-se, geralmente, com a sociedade senhorial e vassálica que se formou, no Ocidente, após o século IX e tem como principal emblema o castelo.
ARTE GÓTICA
Estilo artístico que dominou a arte europeia entre os séculos XII e XV.
Irradiou do Norte de França e, embora se tenha desenvolvido nas várias artes (pintura, escultura, vitral, ourivesaria, etc) permaneceu essencialmente ligado àarquitectura, recebendo, por vezes, o nome de ogival, em referência aos arcos cruzados das abóbadas. Em Portugal, este estilo desenvolveu-se um pouco mais tarde (a partir do século XIII), tendo, na sua fase final, adquirido uma feição própria, conhecida como “estilo manuelino”.
CONFRARIA
Associação de socorros mútuos de carácter religioso, organizada sob a invocação de um santo protector. Dedicava-se também à caridade como meio de minorar a pobreza urbana.
CORPORAÇÃO
Associação de cariz socioprofissional que reunia, nas cidade, os trabalhadores de um mesmo ofício.
Mais conhecidas, na Idade Média, por artes, guildas ou casas, as corporações possuíam estatutos próprios que regulamentavam os preços, os salários e a própria qualidade de produção. Geralmente, a cada corporação associava-se uma confraria religiosa que prestava assistência aos seus membros.
UNIVERSIDADE
Do latino universitas, corporação de professores e/ou estudantes, com vista à organização de um estabelecimento de ensino superior (studium). A universidade medieval foi sempre dependente da Igreja e dedicou-se, sobretudo, à formação de clérigos. No século XIII, o número de estudantes laicos de origem burguesa aumentou significativamente, tornando-se a universidade o centro de formação dos quadros do funcionalismo público, necessários à centralização do poder pelos monarcas. Estudar numa universidade passou a ser, desde então, uma forma de adquirir prestígio e subir na escala social.
CULTURA ERUDITA
Cultura própria dos grupos mais elevados da sociedade, intimamente ligada à leitura e ao estudo (de erudir – instruir). É uma cultura intelectualizada, não acessível à maior parte da população. Na Idade Média, são focos de cultura erudita os conventos, com as suas livrarias, as universidades e as cortes régias e senhoriais.
CULTURA POPULAR
Conjunto de práticas e formas de expressão das classes mais desfavorecidas.
Tem carácter espontâneo, local, e transmite-se por via oral, de geração em geração. Opõe-se à cultura erudita, própria das classes elevadas, mais livresca e intelectualizada e, por isso, mais uniforme.
MÓDULO 3: UNIDADE 1: A GEOGRAFIA CULTURAL EUROPEIA DE QUATROCENTOS E QUINHENTOS
CONCEITOS:
ÉPOCA MODERNA: Período cronológico da História da Humanidade que se situa entre meados do século XV e finais do século XIII. Nele decorreram as descobertas marítimas e o encontro de povos, o triunfo do capitalismo comercial e a ascensão da burguesia, o absolutismo régio, o Renascimento, a Reforma, a afirmação do espírito científico.
RENASCIMENTO: Movimento cultural e artístico que ocorreu na Europa durante os séculos XV e XVI, e que teve a sua principal fonte de inspiração no mundo clássico, greco-latino, e nos movimentos de expansão geográfica e comercial dos finais da Idade Média ocidental. Caracterizou-se pela crença no valor do Homem e na racionalidade, por uma filosofia humanista e pragmática; pela adoção de novos cânones estéticos e artísticos; pela mentalidade quantitativa e pela curiosidade acerca da Natureza e das ciências.
HUMANISMO: Movimento cultural que surgiu em Itália no século XV e se espalhou por toda a Europa. Produziu-se durante o Renascimento, entre os intelectuais, por reação contra o pensamento medieval e escolástico, e por um regresso às fontes de inspiração da Antiguidade Clássica. Este movimento consistiu fundamentalmente na redescoberta, reinterpretação e edição dos escritores clássicos, gregos e latinos, e na valorização do Homem e da sua personalidade.
ESCOLÁSTICA: Sistema filosófico, em vigor a partir de S. Tomás Aquino (1224-1274), que procurava adaptar a filosofia aristotélica ao dogma cristão, de modo a harmonizar a Razão e a Fé.
RACIONALISMO: Doutrina que afirma a primazia da Razão como fonte de acesso ao conhecimento e à verdade.
INDIVIDUALISMO: Corrente doutrinal e prática que sobrevaloriza o indivíduo e o seu papel na construção das sociedades e da História.
MÓDULO 3: UNIDADE 3: A PRODUÇÃO CULTURAL
CONCEITOS:
INTELECTUAL: Pessoa de cultura e de gosto pelas coisas do intelecto, isto é, da inteligência e do espírito.
CIVILIDADE: Conjunto de regras de comportamento social que o indivíduo deve respeitar na vida pública ou cívica, Regras de convivência social.
HUMANISTA: Homem de saber e cultura (geralmente eclesiástico ou professor) do século XVI que se inspira na cultura da Antiguidade Clássica, que reinterpreta à luz da Razão e do espírito crítico do seu tempo.
ANTROPOCENTRISMO: Conceção filosófica e pragmática que coloca o Homem no centro do universo, considerando-o o ser mais perfeito da Criação, capaz de criar e transformar as coisas.
UTOPIA: Etimologicamente, deriva do grego e significa “em lugar nenhum”.
Na obra com este título- Utopia-, Thomas More descreve uma sociedade que vive numa ilha imaginária e que pusera em prática um Estado ideal, de inspiração humanista.
CLASSICISMO: Movimento cultural, literário e artístico, que se inspira diretamente nos modelos e valores da Antiguidade Clássica, grega e romana.
Desenvolveu-se na Europa nos séculos XV e XVI.
MODULADO: Diz-se da arquitetura que aplica um módulo, ou seja, uma medida padrão, para criar proporções harmoniosas entre todas as partes de uma construção.
PERSPETIVA: Processo ou técnica para conseguir a representação de espaços e corpos tridimensionais numa superfície plana.
NATURALISMO: Teoria filosófica e estética que defendeu a imitação da Natureza.
PLATERESCO: Estilo decorativo que se desenvolveu em Espanha no mesmo período do manuelino em Portugal e que se caracteriza pelo elaborado e pormenorizado trabalho da pedra, à maneira dos ourives da prata.
MANUELINO: Estilo arquitetónico de decoração que se desenvolveu em Portugal entre finais do século XV e meados do século XVI, caracterizado por uma gramática decorativa de inspiração marinha e vegetalista, misturada com motivos de heráldica régia e símbolos da exaltação do poder português.
CONCEITOS: MÓDULO 3: UNIDADE 4: A RENOVAÇÃO DA ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE
HERESIA: Doutrina que contradiz ou interpreta diferentemente as verdades doutrinárias da Igreja Católica.
REFORMA: Movimento religioso do século XVI, iniciado por Lutero, que se traduziu na contestação à autoridade do Papa de Roma e na reformulação de certos dogmas e princípios doutrinais e de culto do Cristianismo, dando origem a novas igrejas.
SACRAMENTO: Sinal sensível instituído por Deus para dar ao Homem a sua graça ou aumentá-la.
RITO: Conjunto de cerimónias prescritas para a celebração de um culto.
DOGMA: Ponto fundamental de uma doutrina; verdade religiosa instituída por decisão de um concílio e tornada irrefutável.
PREDESTINAÇÃO: Doutrina que acredita que a “salvação das almas” depende do desígnio (=vontade) de Deus, estabelecido ainda antes do seu nascimento.
CONCÍLIO: Assembleia de prelados com vista à deliberação sobre assuntos da Igreja, dogmáticos, doutrinários ou disciplinares.
CATECISMO: Livro de instrução religiosa no qual, através de perguntas e respostas, se ensinam os princípios da Fé cristã.
SEMINÁRIO: Estabelecimento escolar onde se formam os padres da Igreja Católica.
PROSELITISMO: Acção de propaganda ideológica destinada a cativar novos adeptos para uma religião ou doutrina.
MISSIONAÇÃO: Ato de converter pessoas a uma religião ou doutrina; pregar, catequizar.
ÍNDEX: Catálogo dos livros e de outras publicações, cuja leitura era proibida pela Igreja Católica.
INQUISIÇÃO: Tribunal fundado pelo Papado, no século XIII, com o objetivo de investigar e julgar os que não aceitavam as doutrinas da Igreja (hereges).
No século XVI, a Inquisição foi restaurada para julgar e condenar os adeptos do Protestantismo. Em Portugal, as vítimas da Inquisição foram, sobretudo, os cristãos-novos.
CONCEITOS: MÓDULO 3: UNIDADE 5: AS NOVAS REPRESENTAÇÕES DA HUMANIDADE
RACISMO: Designação que tem vindo a ser considerada um “sentimento de superioridade de uma raça em relação a outra(s)”. Na actualidade defende-se que na espécie Homo Sapiens Sapiens - espécie humana – praticamente não há diferenciação genética. Do ponto de vista da Biologia, raça é um conceito pouco usado e é sinónimo de subespécie.
DIREITOS HUMANOS: Privilégios que pertencem a todo o ser humano pelo simples facto de ter nascido e que não devem ser violados de forma alguma. Incluem-se, nestes direitos, o direito à vida e à liberdade, à liberdade de crenças e de opinião, etc.
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